sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SENDO CUMPRIMENTADO NO BANCO
POR UMA JOVEM BONITA,
COM UM SORRISO DE VENCEDORA


Naquela manhã eu precisava tratar de um assunto em uma agência bancária da nossa cidade. Juntamente com a pessoa que me acompanhava, entramos na agência. Logo, uma funcionária, aparentando uns 20 anos de idade, muito simpática, veio ao nosso encontro, e nos cumprimentou com um sorriso muito bonito. Ela demonstrava ser uma pessoa do meu relacionamento, mas eu não conseguia lembrar-me de quem era, apesar de ter uma forte impressão de que a conhecia.

Correspondi ao seu cumprimento tão carinhoso, e logo fomos falar com outra funcionária. Perguntei então à pessoa que me acompanhava, se conhecia a jovem sorridente. Ela me fez lembrar que se tratava de uma garota que foi acolhida na Cidade da Criança há alguns anos. Só então voltou à minha mente a figura daquela garotinha que se tornou parte da Cidade da Criança, quando ainda bem pequena.
Em determinado ponto do seu desenvolvimento, uma família parceira a adotou, no sentido de custear os cursos que ela pudesse fazer. Então, na adolescência e início da juventude, além dos cursos escolares normais, ela teve a oportunidade de fazer vários outros.
Penso que minha dificuldade em reconhecê-la, foi também por ser surpreendido ao encontrar naquele banco uma estagiária ex-assistida pelo nosso programa. Senti-me extremamente compensado e feliz com aquela surpresa.

Nossa conversa com a outra funcionária não foi demorada. Enquanto éramos atendidos, pelo menos três vezes olhei para aquela jovem bonita, sentada atrás daquela escrivaninha, fazendo seu trabalho. E quando terminamos a conversa com a funcionária, dei uma passadinha rápida pela mesa da jovem, só para dar-lhe um até logo e sorrir para ela. Saí do banco com a impressão de que havia recebido um presente do Céu – ver com os meus próprios olhos um resultado tão maravilhoso do nosso trabalho.




No caminho de volta para o meu escritório, estava pensando em como poderia ter sido diferente o destino daquela jovem, se ela não tivesse sido acolhida por um programa bem organizado, com capacidade para cuidar de crianças e adolescentes em situação de risco. Pode-se dizer que todos eles são órfãos. Alguns são órfãos de pais vivos, que não têm possibilidade de cuidar dos filhos, por estarem em uma prisão, ou por causa de vícios de drogas. Todos vítimas de males que destroem a capacidade para ser pai ou mãe. Mas aquela jovem havia sido acolhida e, com a bênção de Deus, teve seu futuro completamente mudado.
Tenho tido outras surpresas desse tipo. Na verdade, há um numero expressivo de jovens ex-moradores da Cidade da Criança, que são vencedores. Foram acolhidos quando mais necessitavam de ajuda. Hoje estão empregados, casados, e até já criando os seus próprios filhos.
Lembrando de tudo isso, louvo a Deus pela inspiração para criar a Cidade da Criança. E pela vida de centenas de homens e mulheres que em todos estes anos, têm colaborado para a construção das casas-lar, para a compra de alimentos, uniformes, material didático, roupas, calçados, e tudo o mais. Gente que acredita na possibilidade de se reverter a situação de meninos e de meninas, que se não forem socorridos, irão para o mundo das drogas, do crime, da prostituição, da morte.

Quero repartir com todos os meus amigos a alegria que senti naquela manhã cumprimentando aquela jovem. Sim, repartir com você que tem sido parte desse programa maravilhoso que é a Cidade da Criança. Repartir também com as cozinheiras, faxineiras, atendentes, pedagogas, psicólogas, mães sociais, da Cidade da Criança. Todos vocês têm sido usados por Deus para ajudar centenas de crianças, adolescentes e jovens, a enveredar pelo caminho do bem.
Eu sei que o Senhor Jesus, que ama muito as crianças, irá compensar todos vocês por toda a contribuição financeira e por todo o trabalho que têm feito.

Pr. Jonathan Ferreira.


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